terça-feira, 23 de março de 2010

Inexplicável










Adormeces nas palavras o sentido que as anima,
acordas nos sentidos o prazer inconsequente...
Aqueces dentro de ti o meu desejo,
inventas-me um nome para uma outra identidade...
Tudo em mim deixa de ser-me,
nestas paragens onde tu deambulas
na tua nudez ostensiva e possessiva...
Gemes de prazer dentro do meu silêncio...
Talvez, existam mil olhos a observar-me,
talvez, consigas levar-me contigo,
para longe dos meus fantasmas de criança... 


Barão de Campos

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A mentira









Inventas lugares como se escrevesses sombras,
inventas sentimentos como quem desenha sonhos,
inventas palavras como quem caminha
na madrugada do silêncio...
Escondes a tua alma nas esquinas
onde a memória insiste em permanecer...
Procuras onde sabes que não encontrarás...
Repetes a mentira,
como quem faz um truque de magia...
Mentes a ti própria,
como se exausta,
a mentira se transfomasse...